"A arte não reproduz o visível. Ela torna visível."
- Paul Klee
SOBRE O ARTISTA
UM MUNDO NOVO
Por Dr. Iaperi Araújo
As obras de arte de Eduardo Freire me surpreenderam logo que vi. Artista profundamente inteligente, procurou estudar estilos e técnicas na busca de um caminho para expressar sua criatividade. Não se prendeu apenas ao seu talento, mas ao conhecimento científico para escolher o seu fazer artístico.
Eduardo produz compulsivamente. Ao jovem é dado esse direito. A criatividade transborda de sua mente na busca de composições, de estilos e de combinações de cores. Tudo faz com perfeição, por isso não selecionou apenas um caminho dos muitos que segue. Vai do abstrato ao figurativo.
Composições apenas composições, naturezas mortas, retratos e instantâneos da vida e do tempo. Seus abstratos são trabalhos científicos que seguem a criatividade mas dentro de um rigor e uma técnica que a poucos é dado o acesso. Suas naturezas mortas passam por olhares diferentes de outras naturezas mortas na sobriedade da cor e na leveza do pincel quando distribui a tinta. A tudo Eduardo Freire diligencia com cuidado e perfeição. Entusiasmado com a arte, acha que é o único caminho para transformar o mundo. Um lugar melhor prá se viver e para expressar o sentimento de um artista que nos faz ver esse novo e maravilhoso mundo.
Iaperi Araújo é médico, pintor, escritor e poeta. Publicou mais de 71 livros até o momento. É o atual presidente do Conselho Estadual de Cultura Do Rio Grande do Norte.
***
O POETA DAS CORES
Por Mônica Medeiros
Diria Shakespeare: “O louco, o amoroso e o poeta estão recheados de imaginação”. Assim também é o artista das cores, o poeta de tintas. Submerso em um mundo sensível, paralelo ao cinza do cotidiano concreto, o artista reproduz em colorido toda a sua capacidade de sentir o Outro. Assim é Eduardo Freire.
Mais adentro, ele é capaz de penetrar o âmago feminino, a delicadeza do ritmo, do gesto; a natureza morta, o Narciso-de-algo, o caleidoscópio de uma cidade à noite, a introspecção do dia-a-dia. Há poesia no branco da tela. Há infinitude em cada inspiração.
Da ponta de seus pincéis escapam todas as vertentes que a Arte proporciona. De um estilo a outro, Eduardo transborda o seu talento, mas sempre em consonância com a sua capacidade de aperfeiçoar-se cada vez mais, à medida que exercita a sua técnica. Como quem não se prende à inércia, o artista acredita que o esforço é o toque final de suas obras. E sempre será.
Essa obstinação faz de Eduardo um grande artista predestinado a conquistar o mundo. Amor, poesia e cores num fundo branco – e mais uma bela arte se anuncia.
Mônica é revisora e tradutora de livros. Estudou letras e filosofia na UFRN, atualmente cursa direito na UNI-RN. É escritora por hobby e amante das Belas Artes.